Você leu o post sobre os trituradores e viu que jogar resto de
comida na rede de esgoto nem pensar. Também tá careca de
saber que mandar tudo pro aterro não é nem de longe a melhor
saída. Aí você me pergunta: 'Que solução eu tenho então para
dar fim ao meu lixo orgânico?' Eu te conto com todos os
detalhes e já adianto que não é nojento e nem dá trabalho! Você
só precisa chegar ao fim desse post para perceber como vale a
pena e faz todo o sentido do mundo.
Tudo que a gente precisa é de uma composteira doméstica,
que nada mais é que 3 caixas de plástico empilhadas. Elas
ocupam pouco espaço, não cheiram mal e são capazes de
transformar todo o seu lixo orgânico em um adubo rico
que você vai usar na horta e nos vasos de casa.
Funciona assim:
1) A primeira caixa, que fica no chão, é vazia e tem a função
de recolher tanto o excesso de umidade quanto um
biofertilizante líquido muito nutritivo para as plantas.
2) A segunda, do meio, é onde será depositada a terra e
os resíduos orgânicos. Ela contém húmus e minhocas..
Minhocas?! Aaargh! Que uó! Como assim vou ter que
conviver com um monte de vermes? Calma, eu tive essa mesma
reação histérica mas em pouquíssimo tempo me dei conta que
minhocas, apesar de
ficar o tempo todo quietas e contentes, fechadinhas numa caixa
de plástico.
3) A terceira e última caixa, acima das outras duas, também
contém terra e recebe o lixo orgânico.
O processo começa na caixa do meio, onde a primeira leva de
resíduos deve ser depositada. As minhocas vivem aí por um
tempo transformando seu lixo em húmus. Quando essa
caixa fica cheia é hora de começar a depositar a matéria
orgânica na caixa de cima.
As caixas têm vários furinhos no fundo e em pouco tempo,
todas as minhocas migram para a caixa superior atraídas pelos
novos alimentos. Aí é só você retirar o humus da caixa do meio
e passá-la para cima. A caixa que estava no topo desce e o
processo se reinicia.
A primeira caixa fica sempre no chão, recolhendo o biofertilizante
também conhecido como chorume do bem. Não tenha medo desse
nome. A composteira tem cheiro de terra molhada.
Essa ilustração do Planeta Sustentável te ajuda a entender a
estrutura das caixas:
Ainda parece complicado? A Folha tem um material completinho.
Pra não sobrar dúvida é só assistir à explicação da Minhocasa:
Viu como nem ocupa espaço? É lindo!
Se você, assim como eu, ficou super animado e não vê a hora de ter
minhocas em casa, só falta então decidir se quer montar sua própria
composteira ou prefere comprar uma pronta. Eu tenho a sorte de
morar com uma amiga total do it yourself então é muito provável
que a gente monte a nossa em breve. Um mega passo-a-passo
detalhado vai virar post, é claro!
Tá morrendo de ansiedade e não aguenta esperar? Recomendo
então este tutorial feito pela Paula Signorini, do Rastro de Carbono.
Ela dá mais outras dicas valiosas neste post.
Para quem não tem esse tipo de talento ou não tá lá com muita
paciência, existem algumas opções no mercado. O preço varia
entre 200 e 300 reais, dependendo do tamanho que você precisa.
Clica para saber mais:
- Minhocasa
- Composteira
- Morada da Floresta
Se você ainda não se convenceu, vale dizer que o Brasil produz
cerca de 144 mil toneladas de lixo orgânico TODO DIA. Se esse
material virasse comida de minhoca, além de evitar toda a sujeira
e contaminação provocada pelos aterros, teríamos nada menos
que 86 mil toneladas de adubo natural.
Cuidar desses resíduos orgânicos é contribuir com um ciclo
perfeito da natureza. No fundo, é simples assim: você deixa de
fabricar lixo e passa a alimentar minhocas. Em troca, as bichinhas
te presenteiam com nutrientes para sua horta e o ciclo recomeça.
2 comentários:
Excelente post. Tudo bem explicadinho. Até animei de fazer em casa. Muito obrigada!
to precisando de sua ajuda!
to desenvolvendo um projeto na feira agropecuaria do meu colégio para mostrar para as pessoas a importancia que a lixeira viva tem na sociedade!
perciso de algumas lixeiras para deixar de amostra durante a feira!
voce pode me ajudar?
meu email é:
anhaiaadriano@hotmail.com
o colégio em que estudo é o CEEPAR de Guarapuava-PR.
Postar um comentário