Fluorescente é o novo incandescente


Imagine-se em 1880, naquele tempo em que as mulheres passeavam pelas ruas apertadas em espartilhos, num Brasil que ainda vivia sob o regime da escravidão. Agora pense em como essa época ficou lá atrás, bem longe de nós. Não é absurdo que um objeto patenteado nesse exato ano esteja sendo comercializado da mesmíssima forma até hoje?

Se de lá pra cá tudo evoluiu tanto, já passou da hora da lâmpada de Thomas Edson ser substituída por uma versão mais moderna, certo?

Enquanto uma lâmpada incandescente transforma menos de um décimo da energia que consome em luz - todo o resto vira CALOR! - a fluorescente chega a durar 10 vezes mais, consumindo 80% menos energia. Não é INCRÍVEL a diferença? Imagina isso multiplicado por todos os pontos de luz da sua casa: grande economia pra você. Imagina se todo mundo optar pelas fluorescentes: economia imensa pro planeta.

Com toda a informação que chega até nós, ter lâmpadas incandescentes hoje em dia é motivo, no mínimo, de vergonha. Não existe razão para mantê-las em casa. Exatamente por isso, essas lâmpadas já estão sendo retiradas aos poucos do mercado europeu e o plano é baní-las completamente até 2012. Na Dinamarca elas serão proibidas a partir desse ano, nos Estados Unidos, esse prazo se estica até 2013, mas aqui no Brasil o plano ainda nem começou a sair do papel.

My Last Bulb, o memorial do Guus Osterbaan

Se a gente já sabe dos benefícios da fluorescente, pra que ficar esperando? O que precisa ser feito é tão pouco que chega a ser banal! Trocar uma lâmpada pela outra: simples assim!

Pra quem acha que as fluorescentes têm uma luz branca horrenda que deixa a casa com aquele clima 'aconchegante' de drogaria, a dica é escolher as de luz amarela, igual à luz das incandescentes.

Fluorescentes existem em inúmeras cores e formatos, estão à venda em qualquer lugar, custam pouco e duram um montão.

Fofas! A Mixko uniu o útil ao agradável

Como nada é perfeito na vida, elas oferecem tudo isso mas em troca exigem um cuidado: o descarte apropriado.

Por conterem mercúrio, se essas lâmpadas vão parar no lixo comum, contaminam solo, água e podem fazer muito mal à saúde. Elas devem ser encaminhadas à reciclagem protegidas em suas embalagens originais ou em sacos plásticos para o caso de quebra.

A logística da coisa - como em quase tudo relacionado à sustentabilidade - ainda é precária, mas lojas como a Leroy Merlin recebem essas lâmpadas e as enviam para as empresas que reciclam. Você só precisa se informar sobre quais são os postos de coleta na sua cidade e, felizmente, os próprios lugares que as comercializam costumam saber informar.

Funciona da mesma forma com pilhas e baterias - que aliás, merecem um post em breve. Você vai juntando à medida que elas queimarem e, quando for conveniente, deixa todas no local adequado.

Simples, prático e indolor. Se ainda não te convenci, deixa a sua dúvida aqui nos comentários que eu vou ter o maior prazer em responder. ;]

3 comentários:

Márcia Vitor disse...

Complementando o final do post com uma ressalva sobre pilhas que eu não sabia: algumas marcas já produzem pilhas que podem ser descartadas de forma convencional, haja vista que não possuem metais pesados em sua composição. Vale procurar por estas, já que nem todos descartam pilhas de maneira adequada.

groselha disse...

vergonha nada, gô! é pra falar o que quiser mesmo.

não sabia dessas pilhas, márcia! com certeza vou procurar saber mais pra montar o post! valeu pela dica.

voltem sempre, garotas.
adoro vcs por aqui!

Tiago Zaniratti disse...

Adorei a postagem. Acabei levando o tema para o nosso blog. Espero que não se importe. Se quiser dar uma olhadinha, o endereço é http://nostressoficial.blogspot.com

Atenciosamente,
Tiago Zaniratti