Sobre a visão
A visão sem ação não passa de um sonho.
A ação sem visão é só um passatempo.
A visão com ação pode mudar o mundo.
Joel Barker
Escolha sua
O primeiro post do novo ano fala sobre otimismo e, se a princípio
não fica tão clara a razão, vale dizer que esse tema é grande parte
da filosofia do blog e é o que mais me motiva a escrever aqui:
eu acredito mesmo que a gente sempre pode melhorar muita coisa.
Segundo o Wikipedia, otimismo é a disposição para encarar os fatos
pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável,
mesmo em situações muito difíceis. A palavrinha mágica dessa frase
é: disposição. Aquela mesma que a gente busca pra acordar bem
cedinho e sair pra correr. Ou seja, todo mundo sabe bem que ela
existe, ainda que custe um pouco - às vezes muuuito - pra encontrar.
Ter disposição, disciplina e autonomia para encarar os problemas
da vida - e do mundo - é escolha nossa. Ninguém pode fazer isso
pela gente. Falar que a humanidade tá perdida e que não existe
nada a ser feito é se conformar com o pessimismo. É escolher
a posição mais cômoda e optar por não enxergar as inúmeras
soluções possíveis para cada problema.
Testa aqui se você é otimista.
Eu não acredito em deus. Não nesse deus que as pessoas adoram
e nem muito menos tenho religião. Pra compensar, eu acredito
demais numa inexplicável conexão entre todas as pessoas
e as coisas do mundo. Mais ainda, eu tenho uma enorme certeza
de que todas as nossas atitudes, por menores que sejam, provocam
consequências no nosso entorno. Todas as atitudes e todas as
ideias que a gente tem - inclusive aquelas que a gente nem sabe
que tem - fazem parte de nós e acabam se refletindo na nossa
maneira de viver e nos relacionar. Não tem como fugir.
Ainda que o mundo esteja cheio de absurdos, catástrofes
e péssimas notícias, nunca adiantou ficar lamuriando sobre
os azares e as injustiças enquanto se espera Godot. A mudança
vem da gente mesmo e tem que ser profunda. Daí insistir em
ações pequenas que podem parecer inúteis, como.. adivinha? é!
separar o lixo ou comer menos carne. Várias pequenas atitudes
acabam formando uma bem grande. É a partir das pequenas
ideias que as grandes surgem, que leis são feitas, comportamentos
são alterados e problemas são resolvidos.
A gente é parte de um grande coletivo. Assim como aquela
velha metáfora do organismo formado por células microscópicas.
Soa banal, mas ninguém se dá conta e vive isso de fato. Assimilar
essa ideia tão simples faz com que a gente enxergue a nossa
importância no coletivo e se identifique com ele. E então passamos
a nos sentir tão próximos do vizinho do prédio quanto de um
neozelandês, afinal tudo é interligado e todos fazemos parte de
uma mesma rede. (É exatamente pela capacidade de tangibilizar
melhor essa ideia que eu amo tanto a internet!)
Resumindo, se eu pudesse fazer um pedido pra 2010 seria que a
gente tomasse essa consciência. Que todo mundo, de repente, se
desse conta que faz parte de uma estrutura incrível, perfeita,
que evoluiu bilhões de anos pra chegar até aqui.
Quando somos parte de algo, temos um compromisso, e faz parte
desse compromisso acreditar no sucesso dele. Caso contrário,
todo o sentido da coisa se perde. Assim como a gente espera
milhões de coisas da natureza, do governo ou da sociedade, todos
eles esperam que a gente se conscientize das nossas
responsabilidades e desempenhe as nossas funções. Células, que
de tão pequenas são invisíveis, desempenhando bem suas funções,
são justamente o que forma você. Não fica óbvio que cada uma
delas é essencial?
Como ano novo sempre dá vontade de uma vida nova, aproveito
pra deixar aqui uma proposta pra todo mundo que chegou ao fim
desse post: escolha a sua causa, perceba a sua importância e faça
um pouco pelo coletivo. Causas existem aos montes e não param
de se multiplicar. Só precisamos identificar qual delas mais combina
com a gente. Pode ser alfabetizar alguém, adotar um cachorro,
salvar baleias ou separar o lixo.
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